Aquisição, Fusão e Reestruturação

sexta-feira, 22 de maio de 2009

No cenário atual global, a concorrência no mercado se torna cada vez maior entre as empresas. Existe, no entanto a necessidade de aperfeiçoar processos, reduzir custos de produção e primordialmente a inovação perante os demais concorrentes, adequando necessidades e a demanda de um mercado cada vez mais exigente, com qualidade e preços competitivos.

Para manter a sobrevivência perante a atual realidade muito mais competitiva e agressiva, algumas empresas buscam estratégias para o fortalecimento e permanência no mercado.

Em meio à crise mundial global, a grande tendência é o estreitamento entre as relações interempresariais. Dentre as estratégicas econômicas, há três vieses de importante relevância.

1º. Fusão – A fusão se dá pela união de empresas que se tornam extintas, para formar uma única à qual os cargos executivos são divididos, e as decisões e políticas são discutidas com todos os envolvidos no processo.
Podemos citar com um exemplo recente de fusão o caso da Perdigão com a Sadia, que criou a BRF –Brasil Foods.

2º. Aquisição – Quando uma empresa compra a outra com o objetivo de expandir a sua participação no mercado. Neste caso, quem toma a decisão referente a transação é a união administrativa.
Um exemplo atual de aquisição se deu quando o Banco Itaú comprou o Unibanco, se transformando no maior banco da América Latina – Itaú Unibanco.

3º. Reestruturação – Abrange todas as dimensões da empresa, tem como intento trazer inovações nos processos internos, incorporação de novas tecnologias, treinamento, reciclagem de profissionais, mudanças na estrutura organizacional, com o principal objetivo de torná-la competitiva e garantir a sua longevidade no mercado.

Normalmente os processos Due Dilligenee preparam as empresas para a fusão ou aquisição. Esse processo constitui na análise e avaliação detalhada de informações e documentos relacionados às partes envolvidas.

IMPORTANTE: Para que haja a livre concorrência, iniciativa e eficiência econômica deve haver um acompanhamento feito pelo Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). As condutas anti-concorrenciais, estão sujeitas a multa no valor de até 30% do faturamento anual bruto entre outras penalidades.

A conquista de propriedade intelectual como fator de sucesso

terça-feira, 12 de maio de 2009


Segundo pesquisa realizada pela Hay Group, empresa global de consultoria de gestão de negócios, que trabalha líderes com a finalidade de transformar estratégia em realidade, boa parte das fusões e aquisições realizadas no Brasil e no mundo, apesar de visarem ampliar as vendas das empresas, tem como principal resultado a conquista da propriedade intelectual.

Segundo 300 executivos de diversas partes do mundo, a principal razão para se promover uma fusão ou aquisição é a melhora do crescimento da empresa. Contudo, 40% deles acreditam que o melhor resultado das fusões e aquisições é o de incorporar conhecimento pessoal e profissional que a empresa não tinha antes.

Outro dado evidenciado pela Hay Group foi o de que 60% das fusões e aquisições investigadas não geram nenhum valor para as empresas, e que em 10% dos casos as empresas não conseguiram recuperar nem 50% do que haviam investido. A diferença entre alcançar o sucesso ou não num processo como este está na preocupação da empresa, compradora ou em processo de fusão, em administrar os fatores intangíveis do processo. Um exemplo disso é a análise das culturas das empresas que estão se integrando. Informar e permitir a participação de chefes e gerentes, facilita a incorporação dos novos valores e permite que o processo alcance maiores chances de sucesso. Segundo Vicente Gomes, diretor da empresa no Brasil, “quando os gerentes ou chefes não são informados sobre o que está ocorrendo e são apenas orientados a cumprir determinações, eles irão atuar como em uma guerra de trincheiras, defendendo seus espaços e equipes e trabalhando contra a fusão ou aquisição”.


Ainda segundo Gomes, as fusões e aquisições começam pela integração de sistemas, passando ao aproveitamento das sinergias que existem entre as empresas e finalizam com os intangíveis, ou seja, a integração das culturas empresariais. Dessa forma, observa-se uma sensível preocupação dos empresários com a integração de sistemas e TI em relação à integração de pessoas. “Isso certamente explica o fato, apontado por nossa pesquisa, de que somente 15% das fusões e aquisições resultam em algum grau de sucesso para as empresas", comenta.

Mesmo que a matéria tenha sido publicada pela UOL em Novembro de 2008, é válido para nós, estudantes, empresas e gestores, se atentarem para a importância da integração e envolvimento das pessoas, que compõem o quadro de funcionários da empresa, num processo de fusão ou de aquisição. Em vista de que serão as próprias pessoas, funcionários e colaboradores, que estarão envolvidos, podendo estes incorporar ou não os novos valores e realidades da empresa. A consequência, pode ser o sucesso ou não desses processos.
Por Fernanda de Valega Ifanger