A família Coca Cola ganha mais um membro

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Ficou mais fácil viver com qualidade”. Este é o slogan que a agencia NBS assinou para ser veiculada a partir do dia 5 de julho como lançamento da fusão das marcas de sucos prontos Del Valle e Sucos Mais, hoje, sucos Del Valle Mais.

A marca de suco Del Valle é uma empresa de origem mexicana que chegou no Brasil em 1997. Em 2001 a companhia Coca-Cola do Brasil, no segmento de sucos prontos, lança a marca Kapo; em 2005 ela adquire a marca Minute Maid Mais, para só em 2007 comprar a Del Valle dos mexicanos. Com a junção dessas três marcas líderes de mercado neste segmento, em 2009, a companhia está lançando a nova Família Del Valle.

É do conhecimento de todos que a Coca Cola é a detentora da marca de sucos Del Valle (topo of mind neste segmento), e para quem consome estes tipos de produtos, deve ter estranhado a palavrinha “MAIS” do lado direito do logo. Depois disso que fomos descobrir que o desenrolar desta historia é bem parecida com final de novela mexicana.

A Coca Cola comprou a empresa Mais Indústria de Alimentos em junho de 2005 (por um valor estimado em R$ 110 milhões), o primeiro lançamento do Minute Maid Mais foi feito só em 2006, e continuou com a marca Mais no mercado, que nos últimos anos vem se mostrando detentora de 12% do market share neste segmento, ficando atrás apenas dos sucos Del Valle, que possui 16%.

Segundo o site Gazeta Online, Jhon Pinto, diretor de marketing de novas bebidas da Coca Cola, afirmou com prioridade que a fusão não será prejudicial aos trabalhadores das fábricas das cidades de Linhares, no Espírito Santos, e Americana, interior de São Paulo, muito pelo contrário, pretendem aumentar os investimentos e no curto prazo, até o final deste ano, contratar mais 120 colaboradores para estas fábricas, sendo 108 vagas só para a unidade de Linhares, na qual pretendem transformar na maior fábrica da marca.

Outra preocupação da gestão em relação à nova marca, foi em manter os dois nomes, fazendo assim, a marca Del Valle Mais, pois ambos os nomes são muito conhecidos pelo consumidor, esta decisão foi tomada após um longo estudo de mercado e comportamento do consumidor.

A companhia tem em seu planejamento investir no próximo ano 60% a mais no segmento de sucos prontos, já que este é um mercado que cresce no Brasil.


Curiosidades:

  • A fábrica de Linhares (ES) é a responsável por abastecer toda a rede Mc Donald’s no País;
  • Segundo estudos da ACNielsen, o segmento de sucos prontos no Brasil, cresceu cerca de 16% nos dois últimos anos;
  • O Brasileiro consome em média 12 copos de suco pronto, o americano 230 copos, os europeus 150 e os mexicanos 73 copos. Ainda temos muito o que crescer;
  • As marcas Del Valle, Minute Maid Mais e Kapo possuem atualmente, 16%, 12% e 7%, respectivamente, do market share.
  • Lançamento do novo produto da Coca Cola do Brasil:
    “A Coca Cola do Brasil uniu as marcas Del Valle, Minute Maid Mais, Kapo e o lançamento Del Valle Frut para formar a grande FAMÍLIA DEL VALLE”.

Por Gabriela Mendes Pereira.

Veritas Interage

sábado, 26 de setembro de 2009

Ontem, ao verificar os comentários do post "Pensando em Comunicação", postado antes de ontem, me deparei com o seguinte:

" '...não devemos reter demais as informações e nem divulgá-las largamente, devemos achar um equilíbrio que satisfaça a demanda do público interno por informações sem afetar a estratégia da nova empresa.' Em outras palavras, não se deve reter tanto para que o colaborador seja informado pela imprensa e também não se deve transparecer tanto para que o colaborador não perceba a insegurança da direção no processo.' Será que matei a charada?"

Depois de discutir com os demais membros da Equipe Veritas, decidimos "comentar o comentário", até porque uma das características principais de um blog é a possibilidade de interação virtualmente imediata com os leitores. Então segue a explicação.

Não podemos, EM HIPÓTESE NENHUMA, permitir que a fonte de informação do funcionário sobre o processo de Fusão/Aquisição seja a imprensa. É imprescindível que a própria empresa se torne a fonte de informação oficial sobre esses processos.
Neles já é natural que que os funcionários se sintam inseguros e temam por seu trabalho e isso só piora se a Comunicação Interna e os líderes não os orientarem adequadamente, podendo gerar Medo Organizacional exacerbado, desmotivação nociva aos negócios e, em última instância, isso pode se tornar mídia negativa caso o tratamento dispensado a esse público tão importante caia na boca da imprensa.
Por questões de arquitetura e organização da informação e da comunicação, seria prudente, inclusive, trabalhar a Comunicação Interna em duas linhas paralelas e complementares: de um lado a demanda de Comunicação usual do dia-a-dia e do outro a Comunicação referente ao processo de Fusão/Aquisição.

Por outro lado, também não devemos assumir um caráter de "overshare": a Comunicação deve atuar se balizando no discurso organizacional da nova empresa e informar o público interno quanto à conteúdos realmente relevantes a eles e que não prejudiquem os negócios da empresa.
Num processo de Fusão/Aquisição, qualquer informação de cunho estratégico divulgada antes da hora pode arruinar o negócio.
Suponhamos, por exemplo, que após uma Fusão a empresa decida aumentar a porcentagem de comercialização de suas ações na Bolsa a fim de captar recursos para investimentos e melhorias. Se essa informação, tão fundamental para o negócio que tem inclusive um órgão regulador - a CVM - for divulgada de forma negligente mesmo dentro da empresa, isso pode gerar especulação na Bolsa e impactar fortemente a estratégia de negócios da nova empresa.

Portanto, a Comunicação e o board da empresa devem estar alinhados quanto ao caráter estratégico ou não das informações para não afetar o negócio e as estratégias.

Ademais, agradeço em nome de toda a Equipe Veritas pelo comentário e interesse.

Obrigado e continue comentando.

Por Marcelo Maruoka

Cultura Organizacional e Comunicação Interna em Fusões/Aquisições



Segundo dados publicados pela KPMG, "rede global de firmas independentes que prestam serviços profissionais de Audit, Tax e Advisory", entre 1998 e 2008 o volume de transações de Fusões e/ou Aquisições praticamente dobrou, passando de 351 para 663.
Nesse contexto torna-se imprescindível não somente a discussão sobre o papel da Comunicação Interna nos processos de Fusão/Aquisição, mas também o papel do profissional de Comunicação como mediador do processo de integração cultural entre as empresas. Antes de iniciarmos essa discussão, porém, necessitamos lembrar que os processos aqui abordados (Fusão e Aquisição) envolvem ambas as empresas em todos os âmbitos, especialmente no quesito Cultura Organizacional (Saiba mais clicando aqui).
Um dos papeis da Comunicação Interna é zelar pela Cultura Organizacional e garantir, por meio das ferramentas de comunicação disponíveis em cada organização, que o público interno esteja alinhado com o ato retórico da empres e seu discurso (supostamente) único.
E a pergunta que não quer calar: como lidar com a Cultura Organizacional numa Fusão/Aquisição?
Pois é justamente aí que entra o profissional de Comunicação. Quando as culturas são similares, como é o caso da fusão Itaú/Unibanco, ambas instituições brasileiras cujas culturas divergem brandamente, o trabalho de Comunicação é mais fácil; nesse cenário cabe ao profissional de Comunicação comunicar adequadamente as decisões tomadas pelo Board quanto à definição da nova Cultura (o ideal, claro, é que este profissional, que tem formação e know-how específicos no tangente ao público interno, participasse ativamente do processo de definição da nova cultura, mas isso nem sempre é uma realidade. Ainda cabe a nós, profissionais de Comunicação e mais especificamente de Relações Públicas, conquistarmos nosso espaço e nos expormos como estrategistas e não meros comunicadores).
O grande desafio da Comunicação Interna está em trabalhar o conceito de Cultura Organizacional quando as empresas que se unem contam cada qual com uma cultura particular, gerando um choque de culturas; nesse aspecto a Comunicação Interna deve ficar muito atenta pois essa "terceira cultura" formada pelas culturas de duas empresas diferentes pode gerar descontentamento e desengajamento do público interno por várias questões como salários díspares, manual de conduta e de ética divergentes, demissões em massa, etc, como é o caso da Fusão Santander/Real, cujas culturas são espanhola, de caráter mais agressivo, e holandesa, de caráter mais brando.
Em conversas com funcionários que participaram de ambas as fusões, as percepções são bastante diferentes; os funcionários do Banco Real se sentem "arredios" em relação à cultura agressiva do Santandar por estarem acostumados com a cultura mais "abrangente" do Banco Real; em contrapartida, os funcionários do Santander se sentem "aliviados" pois estão saindo de uma cultura totalmente agressiva para uma terceira que nem é branda e nem é agressiva, mas um meio termo entre ambas.
Já no caso da Fusão Itaú/Unibanco, os funcionários do Unibanco se sentem engajados em "mostrar serviço", visto que o Itaú é um banco que preza pela excelência nos processos, visando crescimento; e os funcionários do Itaú, embora não temam a cultura do Unibanco (até por esta ser "menor" que aquela, levando em consideração que Itaú era um banco "maior" que o Unibanco), temem de alguma forma devido a salários, que no Unibanco são menores; o "medo" aqui é de ser desligado da nova empresa por ter salário muito alto e poder entrar numa "redução de custos".
Como vimos, as possibilidades e dúvidas são inúmeras num processo de Fusão/Aquisição, e cabe a nós da Comunicação reduzir ao máximo o impacto cultural a fim de evitar desengajamento e, consequentemente, desmotivação, o que poderia levar a uma redução dos resultados, considerando que os funcionários são uma parte importante da grande engrenagem que é uma empresa.
Não há uma fórmula mágica ou mecânica para se evitar o referido impacto, porém, devemos usar de criatividade e as ferramentas de comunicação adequadas a fim de atingir esse objetivo.

Por Marcelo Maruoka

Fórmula do Sucesso

Google pretende comprar uma empresa por mês

Isso mesmo, o gigante da internet - Google - em sua nova estratégia de crescimento sai às compras de micro e pequenas empresas ao invés de entra em processo de contratação de pessoas. Há possibilidades de aquisições de grandes empresas, porém são totalmente imprevisíveis, afirma Eric Schmidt. Confira a matéria na integra:
http://idgnow.uol.com.br/mercado/2009/09/23/google-acredita-que-e-hora-de-voltar-a-compras-empresas/

E como fica a comunicação interna do Google? Confira como a empresa trabalha hoje...




Com um cenário de crescimento, fusões e aquisições constantes que a empresa apresenta ao logo de seus 10 anos, é um dos maiores e melhores cases de sucesso estudado. Parte desse sucesso é sem dúvida, atribuído as práticas de Comunicação Interna da empresa.

O Google trabalha a Comunicação Interna de forma inovadora e audaciosa, que talvez seja fórmula do sucesso. Será? Então vejamos, a sua empresa abre mão de 20% do seu expediente para que você trabalhe com seus projetos pessoais? Você tem liberdade para levar o seu cãozinho ao escritório? No escritório que trabalha tem alguma mesa de sinuca? Pois bem meu camarada, até estou curiosa para conhecer as suas respostas.

Realmente essas são ações de coragem, é preciso ousar, ariscar e confiar demasiadamente no funcionário para colocá-las em prática. E com certeza, cabem nos dedos de uma mão a quantidade de empresas que assim trabalham.
Desta forma é possível apostar na hipótese que ao comprar as empresas o Google saberá a dosagem exata da Comunicação Interna para integrar os novos funcionários. E cá entre nós, não será uma tarefa difícil, já que é a empresa dos sonhos! Claro que levando em consideração a aquisição de uma micro ou pequena empresa. Neste caso, uma das tarefas mais importantes é saber respeitar a cultura do pequeno que num outro momento foi tão importante para a sociedade quanto o Google para o mundo do WWW.

Já num processo de integração do Google com uma grande empresa, o nível de complexidade aumenta, assim como a demanda de trabalho. Talvez, até mesmo a criação de uma nova área que cuide apenas da integração dos processos das empresas, e cabe nisso o processo de Gestão de Pessoas, Comunicação Interna, entre outros. Mas essa já é uma outra história...

Curiosidade: Filosofia utilizada pelo Google, estruturada com base em 12 princípios:
1. Conheça profundamente sua equipe antes de fazer mudanças
2. Procure o consenso ao invés de impor decisões
3. Tome decisões claras e assuma a responsabilidade por suas ações
4. Você trabalha para sua equipe e não o contrário
5. Coloque a mão na massa
6. Compartilhe as informações com a equipe
7. Resultados têm maior impacto do que politicagem
8. Arrisque-se. O fracasso pode trazer grande aprendizado
9. Construa um bom relacionamento com seu time, para trabalhar bem em equipe
10. Encoraje a criatividade de seus funcionários
11. Independentemente da hierarquia, mantenha os canais de comunicação interna abertos
12. Crie um bom ambiente de trabalho
Por Tatiane Tanus Quinteiro

Pensando em Comunicação

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quando pensamos em Comunicação Interna no processo de Fusão e/ou Aquisição, devemos considerar os vários desafios a serem enfrentados, especialmente porque esses processos, obviamente, não envolvem somente a Comunicação, mas permeiam todas as áreas de ambas as empresas que estão se unindo.Outro aspecto importante é pensar e definir agentes estratégicos. É fundamental, por exemplo, que a liderança esteja mais presente e atuante do nunca, pois os processos de Fusão e Aquisição geram dúvidas, insegurança e medo. Se a Comunicação não trabalhar a informaçãos sobre esses processos de forma clara, abrangente e adequada, é possível que a nova Cultura Organizacional, fruto da união das culturas de ambas as empresas, acabe ficando em segundo plano, uma vez que, na prática, pode se instaurar uma cultura de Medo Organizacional.


Devemos pensar fortemente também na inclusão dos funcionários. E, para isso, é imprescindível que a liderança esteja alinhada e tenha clareza sobre seu papel, atuando de forma a engajar seus colaboradores e fomentar seu crescimento alinhando-os com o cresimento da empresa, que é uma consequencia óbvia e imediata dos processos de Fusão e Aquisição.Antes de tudo, porém, é necessário que se desenvolva junto às áreas de negócios um planejamento de comunicação flexível e alinhado com a estratégia da empresa, afinal, muitas das informações nesses processos podem ser estratégicas e, portanto, não devem ser divulgadas sem controle, sob pena de arruinar negócios e, por conseguinte, dinheiro. Em outras palavras, não devemos reter demais as informações e nem divulgá-las largamente, devemos achar um equilíbrio que satisfaça a demanda do público interno por informações sem afetar a estratégia da nova empresa.


Nós, profissionais de Comunicação, estamos habituados à necessidade de mantermos uma postura adequada a cada situação. No caso das Fusões e Aquisições não seria diferente. É de suma importância mantermos uma postura positiva e otimista em relação ao processo de união das empresas, afinal, o elemento balizador do comportamento do público interno é diretamente influenciado pelo alto escalão e mais diretamente ainda pela liderança, razão pela qual torna-se primordial o alinhamento não só de informação com esse público estratégico (a liderança), mas também de comportamento e postura.Uma forma positiva de encarar os processos de Fusão e Aquisição, em minha opinião, pode ser tratá-los com naturalidade e incorporá-los à demanda usual de Comunicação Interna. Dessa forma o próprio público interno pode vir a entender esses processos e encará-los com naturalidade, sem temê-los, e tornar-se agente disseminador de uma nova Cultura Organizacional.


Por Marcelo Maruoka

De olho também no peixe pequeno

quarta-feira, 23 de setembro de 2009



De acordo com pesquisa realizada pela RCS Brasil (A Crowe Horwath RCS atua no segmento de fusões e aquisições fornecendo e/ou apoiando o empresário com todas as necessidades para esse tipo de transação), entre as 250 pequenas e médias empresas pesquisadas de todo o país, 93% dos proprietários ou sócios aceitariam negociar ou participar de uma fusão.

Negociação essa que antes parecia uma idéia muito distante, devido a grande maioria dessas empresas serem familiares, e por esse motivo tornava muito difícil que os “donos” aceitassem qualquer tipo de negociação devido ao valor sentimental. Hoje com uma nova visão de cultura organizacional já se tornou um sonho entre essas pequenas e médias empresas participarem de aquisições (No caso das aquisições, a tentação de receber uma grande quantia pelo negócio e poder até investir os recursos em um novo empreendimento, é o que mais seduz os empreendedores) e fusão (Outro incremento aos processos de fusões e aquisições é a qualificação do Brasil com investment grade, que irá ampliar a entrada de investimentos diretos no país, os quais com certeza também serão direcionados para pequenas e médias empresas).


Por Vânia Vassalo

Evite Ruídos em Fusões e Aquisições

Nos processos de fusão e aquisição qualquer ruído pode ser fatal para o andamento do negócio. Para obter os melhores resultados, nessas grandes operações, é fundamental o planejamento, sinergia e respeito ao público interno.
Segundo Fernando Byington- diretor executivo do grupo Santander Brasil, o maior desafio, nesse processo, para a área de comunicação é o de valorizar o contato humano e administrar as expectativas que surgem durante o processo. Para responder as essas expectativas e evitar os boatos, nesse primeiro momento, é fundamental que a comunicação aja de forma rápida e o público interno seja privilegiado.

Para isso, a empresa deve investir na comunicação de liderança e na formação de porta-vozes. Durante a compra do Boston pelo Itaú, a empresa manteve um alinhamento estratégico. Assim que a compra pode ser anunciada, os primeiros a saberem foram os colaboradores. A primeira atitude dos presidentes das duas instituições foi reunir os funcionários para anunciar a fusão, só depois seguiram para a coletiva de imprensa.

O planejamento de comunicação detalhado para o tratamento do público interno é primordial. Assegurar o apoio da direção, tratar as pessoas com respeito, usar medidas claras, ter uma comunicação transparente são fatores fundamentais para que bom relacionamento entre os públicos e a empresa seja garantido. É importante lembrar que todo esse trabalho deve ser mantido após o anúncio da fusão ou aquisição.

Priscila T. Diniz da Cunha