Pensando em Comunicação

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Quando pensamos em Comunicação Interna no processo de Fusão e/ou Aquisição, devemos considerar os vários desafios a serem enfrentados, especialmente porque esses processos, obviamente, não envolvem somente a Comunicação, mas permeiam todas as áreas de ambas as empresas que estão se unindo.Outro aspecto importante é pensar e definir agentes estratégicos. É fundamental, por exemplo, que a liderança esteja mais presente e atuante do nunca, pois os processos de Fusão e Aquisição geram dúvidas, insegurança e medo. Se a Comunicação não trabalhar a informaçãos sobre esses processos de forma clara, abrangente e adequada, é possível que a nova Cultura Organizacional, fruto da união das culturas de ambas as empresas, acabe ficando em segundo plano, uma vez que, na prática, pode se instaurar uma cultura de Medo Organizacional.


Devemos pensar fortemente também na inclusão dos funcionários. E, para isso, é imprescindível que a liderança esteja alinhada e tenha clareza sobre seu papel, atuando de forma a engajar seus colaboradores e fomentar seu crescimento alinhando-os com o cresimento da empresa, que é uma consequencia óbvia e imediata dos processos de Fusão e Aquisição.Antes de tudo, porém, é necessário que se desenvolva junto às áreas de negócios um planejamento de comunicação flexível e alinhado com a estratégia da empresa, afinal, muitas das informações nesses processos podem ser estratégicas e, portanto, não devem ser divulgadas sem controle, sob pena de arruinar negócios e, por conseguinte, dinheiro. Em outras palavras, não devemos reter demais as informações e nem divulgá-las largamente, devemos achar um equilíbrio que satisfaça a demanda do público interno por informações sem afetar a estratégia da nova empresa.


Nós, profissionais de Comunicação, estamos habituados à necessidade de mantermos uma postura adequada a cada situação. No caso das Fusões e Aquisições não seria diferente. É de suma importância mantermos uma postura positiva e otimista em relação ao processo de união das empresas, afinal, o elemento balizador do comportamento do público interno é diretamente influenciado pelo alto escalão e mais diretamente ainda pela liderança, razão pela qual torna-se primordial o alinhamento não só de informação com esse público estratégico (a liderança), mas também de comportamento e postura.Uma forma positiva de encarar os processos de Fusão e Aquisição, em minha opinião, pode ser tratá-los com naturalidade e incorporá-los à demanda usual de Comunicação Interna. Dessa forma o próprio público interno pode vir a entender esses processos e encará-los com naturalidade, sem temê-los, e tornar-se agente disseminador de uma nova Cultura Organizacional.


Por Marcelo Maruoka

1 comentários:

Ocappuccino.com disse...

'...não devemos reter demais as informações e nem divulgá-las largamente, devemos achar um equilíbrio que satisfaça a demanda do público interno por informações sem afetar a estratégia da nova empresa.' Em outras palavras, não se deve reter tanto para que o colaborador seja informado pela imprensa e também não se deve transparecer tanto para que o colaborador não perceba a insegurança da direção no processo.' Será que matei a charada?

mateus